ATRIBUTOS DO ESPÍRITO.
ATRIBUTOS DO ESPÍRITO.
O espírito eterno que no momento habita o corpo físico é Chama Crística que possui todas as potencialidades do Criador. É miniatura do próprio Cosmo, reino de Deus, microcosmo do macrocosmo. Ainda é pedra bruta destinada a ser diamante, que será lapidado nos milhões ou bilhões de anos necessários para a subida de todos os degraus da escada evolutiva, sublimando-se no Amor, após passar dos equívocos aos acertos, abolir os sentimentos de ódios pelos sentimentos fraternos, ter um carma que o conduz á tragédias experimentando dissabores, para ter um darma que o colocará na condição da boa aventurança. Jesus sabia da existência embutida das propriedades divinas nos espíritos, pois o Mestre afirmou: “Vós sois deuses”.
Os diferentes níveis vibratórios do Cosmo fazem com que no plano físico, lento e grosseiro, a percepção do Absoluto fique obnubilada e restrita, em maior intensidade ao espírito reencarnado, em comparação á sua vivência no mundo espiritual. Tudo que existe no Universo são Criações de Deus, e contém em si sua essência. O Criador é o sustentador de tudo. Nossa dificuldade maior é compreender a natureza do Universo. Na multiplicidade de planos vibratórios interpenetrados, em vários estados de densidades e pesos específicos, ido do manifesto material grosseiro ao mais sutil imanifesto imaterial é uma realidade homogênea e integrada. A luz branca ao passar pelo prisma é dispersa em cores diferentes, mas permanece em todos os matizes em separados. Na tentativa de ajudar no raciocínio sobre a penetração da Essência Divina em tudo que existe sobre a Terra, imaginemos que Deus seja a Luz Branca, o prisma seja a Terra, e os vários matizes sejam as obras sobre a Terra. Assim como nos matizes originados pela passagem da luz branca sobre o prisma contém a cor branca que a originou, nas obras terrenas estão a Essência Divina.
Tudo que a Espiritualidade Maior possa nos passar, não será suficiente para entendermos a realidade da Atuação Divina sobre suas obras. Primeiramente porque no estágio atual da humanidade terrena, não corresponde a um curso esotérico tão elevado, segundo para a explicação de algo tão profundo não existe vocábulos no idioma terreno para explanar esse e outros temas com teorias tão sublimadas, ademais a própria Espiritualidade Maior ainda carece de dominar certas teorias sobre a Criação Divina.
Qual de nós é capaz de definir nossa essência espiritual, com um conteúdo preciso, não semelhante aos muitos divulgados pelos pregadores evangélicos, dentre os quais, um nos define como Centelha de Deus. O espírito é um ser muitíssimo complexo, e os espíritos desencarnados, ainda pouco sabem da sua contextura espiritual eterna. O espírito do homem é um fragmento ou centelha virginal do Espírito Cósmico. É inconsciente em sua origem, até habitar a matéria, onde adquire a consciência de existir ou ser alguém no seio do todo.
O espírito virginal emanado de Deus não pode se ligar de súbito ao plano denso da matéria. Deste modo, ao emanar do Criador, tem de operar em si mesmo uma incessante e gradativa redução vibratória ou descida espiritual, ate conseguir ajustar-se ao padrão do mundo material. Sobre a contextura essencial do espírito do homem e naturalmente em fusão consciente com o próprio Deus, ainda pouco sabemos em nosso atual estado evolutivo. Ademais, a Espiritualidade Maior retentora desse conhecimento, sabe da impossibilidade de tal ensinamento, por não haver vocábulos e meio de comparação para explicar ao Intelecto humano, na sua atual condição de limitação, qual seja o princípio da concepção exata do espírito imortal.
A Centelha Espiritual, já tendo vivenciado nos reinos: mineral e vegetal adquire instintos no reino animal, chega ao entrelaçamento reencarnatório com o reino dos homens, dentro da organização anatomofisiológica, que conhecemos como homem das cavernas. A partir daí, o espírito, esse agente imortal, em constante evolução começa a experimentar a sua sobrevivência em grupo, cada vez com maior capacidade de memorização e lembrança posterior, relacionando-se com o meio e seus semelhantes.
O instinto de preservação o leva a um sentimento de egoísmo, pois as lutas do dia-a-dia para a aquisição dos alimentos e a manutenção do seu território, ocasionam muitos desencontros com outros habitantes do reino animal e com seus próprios iguais. A consciência, ou a condição de ter a propriedade da razão ou da percepção dos valores entre o certo e o errado, tende a se formar, porém até formular a concepção da lei do dever, tendo-se como parâmetro as normas evangélicas, ocorrerão muitos milênios de prisão aos ciclos reencarnatórios cheios de dores que o aperfeiçoará, o tornado mais sensível aos predicados inerentes de sua potencialidade divina que por ora se encontram imperceptíveis á sua mente, decorrente da sua necessidade de se refinar.
Lentamente, entre uma encarnação e outra, vai o homem expandindo sua consciência. Quando na erraticidade, na ambientação fluídica que lhe é devida, se prepara para nova volta ao plano carnal, e assim, prossegue ininterruptamente a roda da vida, entre idas e vindas. Quando chega o momento da percepção do certo e do errado, ainda em cota imponderável para nossa apreciação mental, inicia-se a em grau adequado á sua situação primária, a ação da Lei de Ação e Reação. Estabelece-se o carma, que é negativo ou positivo. A relação de consangüinidade com a parentela física torna uma imposição justa para ir-se trabalhando ás emoções e os sentimentos.
Nos exercícios praticados no mundo físico, a luta contra as tendências daquilo que degrada a alma é incessante. Após sentir ódios e aversões, de repente se instala a inveja, o ciúme, o orgulho, ás aquisições de bens materiais, a difícil convivência com a riqueza, e vai o espírito percorrendo esse vasto território de experimentações, na sua maioria, assumindo mais comprometimentos cármicos negativos que saldos positivos.
Chega o momento que a alma, extenuada dessas incessantes exigências dos carrascos em que se transformaram o corpo físico e o mundo material, começa a se voltar ao seu Eu mais oculto, interiorizando-se e buscando um sentido maior para a vida de relação. É chegado o momento de alcançar a religiosidade, de se religar ao Pai. A centelha emanada do Pai, que se rebaixou até a freqüência do mundo físico, agora inconscientemente precisa fazer o caminho de retorno ou se elevar, retornando á vibração de origem.
Cada espírito na verdade é uma partícula de um todo e precisa entender que não pode ser meramente uma complexa organização fisiológica durante um determinado período de tempo e que no final tudo se terminará. É necessário que esteja ligado ás reencarnações por tempo necessário á aprendizagem do amor e do perdão para atingir o preconizado no manual de conduta moral e crescimento consciêncial, que é o Evangelho do Cristo. Até atingir o grau ideal, que será de amar ao próximo como a si mesmo, de maneira incondicional, bilhões de anos se passarão, desde o início do despertar de sua consciência, até o espírito imortal, se livrar da malha cármica, e ganhar mais liberdade para pensar e agir, mas ainda procurando incessantemente se sublimar, pois a grande sabedoria é ter a consciência de que somos eternos aprendizes.
O despertar da consciência, em um mediano estágio de evolução, identifica-se cada vez mais com estados vibratórios mais elevados, fruto da conquista obtida após ter dado tantas voltas na roda da vida, estabelece-se um novo ciclo, iniciando-se a percepção de coisas e fatos além dos limitados sentidos corporais, quando na erraticidade, o espírito já consegue permanecer, por afinidade e direito adquirido, em locais de melhor quilate vibratório. Estuda, trabalha, se prepara, tem um maior conhecimento das realidades do Astral, da vida extrafísica e muito se volta para Deus, por profundo agradecimento a infinita sabedoria e misericórdia deste Pai, que é todo amor, justiça e bondade.
O indicador do progresso do espírito imortal, será a consciência de quando em auto-análise, poder refletir sobre o passado repleto de ações mesquinhas, de mazelas, de lutas tolas, de desencontros por orgulho, por vaidade, pela posse de bens materiais, para ostentação, pressupondo ser o mais importante, passando a sentir que a verdadeira conquista é situar-se na retidão da objetividade da conquista da simplicidade, da humildade e da sabedoria, verdadeiros tesouros celestes. Então esse espírito terá se distanciado do mundo de Mamom e avançado para o mundo de Deus.