DIFERENÇAS ENTRE AS PRÁTICAS DA UMBANDA E DA QUIMBANDA
DIFERENÇAS ENTRE AS PRÁTICAS DA UMBANDA E DA QUIMBANDA.
A doutrina de Umbanda, apesar do seu ritualismo, e processo de ação direta na fenomenologia do mundo material, define-se por um trabalho a serviço do Bem! Mas a negociata inescrupulosa de despachos nas encruzilhadas, cobrança mercenária para melhorar negócios, os trabalhos para juntar ou separar casais, afastar patrões desagradáveis, obter promoções prematuras, derrotar competidores ou eleger candidatos políticos, tudo isso é considerado quimbandismo, porque opera em detrimento do próximo.
Quimbanda era o nome do grande sacerdote dos negros bantos. Era tido como o médico, oráculo, conselheiro, juiz e experimentado feiticeiro, cujo poder sobrepujava o do próprio rei da tribo.
Á medida que as crendices e rituais bárbaros africanos foram-se mesclando de outros ritos e práticas estranhas, no Brasil, sob a influência católica e ameríndia, também adquiriram um sentido deliberadamente benfeitor, fazendo com que seus feitores achassem necessário diferenciar o novo sincretismo religioso, liberando-o da matriz onde se gerou. Daí surgiu a Umbanda, como denominador de magia branca, a serviço do bem.
A medida que os trabalhos da Umbanda foram se firmando no curso benéfico, passou se a definir que umbandismo representa o serviço benfeitor ou a magia branca e quimbandismo representa todo serviço causador do infortúnio ao próximo ou a magia negra.
Umbandista é o médium, denominado de cavalo, o mago o filho do terreiro que somente pratica o bem. O quimbandeiro é o médium, também denominado de cavalo, o mago ou filho do terreiro que só pratica o mal.
Assim bem definidos as ações de cada um, conclui-se que umbandista somente aceita o cumprimento de serviços benfeitores, ele é um interprete dos espíritos do bem, conscientes de que devem seguir a disciplina da Lei do Carma, operando por desejo de servir caridosamente, enquanto o quimbandeiro é o interprete dos espíritos diabólicos, que ultrapassam o limite do bom senso e da justiça, atropelando tudo e a todos para conseguir seu intento, visando lucros.
A denominação do médium umbandista ou do médium quimbandeiro de cavalo é devido a esses médiuns atuarem no mediunismo de maneira a permitir que a entidade manifestante use seu corpo e sua mente á sua vontade, não sofrendo interferências com censuras, alterações ou bloqueios das mensagens ou do modo operante. Já no Espiritismo o médium é orientado para eliminar quaisquer atos ou palavreado que ferem o bom senso, e a disciplina pregada pelo Espiritismo codificado.
Obra consultada:
A Missão do Espiritismo – Ramatís – médium Ercílio Maes – Cap. IX O Espiritismo e Umbanda – Pág. 121 á 189.